10 a 14 Abril
LOCAL: ATENEU COMERCIAL DO PORTO
10h-12h30
ANTONIJA LIVINGSTONE, Tourbillion

Turbilhão via prática em estúdio + trabalho de campo, observar e provocar situações súbtis e menos súbtis.
Ao pensar com Eduard Glissant, a noção de Turbilhão é proposta como um lugar e um modo de descobrir sobre estarmos juntos / conjunto.
Visitas à biblioteca orientadas em silêncio ou a um terreno mais selvagem irão server como estudo; Investidas dirigidas para recolher qualidades específicas de algum desespero de modo a proporcionar uma Assembleia colaborativa, são elementos necessários. 10 litros de excrementos de cavalo por partcipante assim como fruta caída, pequenos pedaços de cartão amarrotados, chaves e uma mão cheia de objectos pequenos e brilhantes, são todos convidados ao encontro e montage de práticas neste Turbilhão.
Para fazer: Katas e puzzles de corpos.
Um kata é uma arte marcial devocional e praticada a solo sem aplicação na preparação para a batalha.
Um puzzle de corpo é uma técnica usada para questionar o que a dança pode fazer, produzir novas formas de pensar e dançar.
A discutir: implementar a negociação de espectador com a prática de testemunhar. Como a companhia de materiais ou situações podem tornar-se o coreógrafo do próprio corpo. O ponto fraco do coreógrafo, demosntração / representação de problemas arquitectónicos e sociais de hospitalidade e convite de ser visto / observado. Orientações / Habitat / Disposotivo.
Um estudo desarrumado e acumulativo leva de algum modo a uma exposição pública em um esquisso de três dimensões.
A Katapult: Volumes I-III para conjuntos e jogadores a solo.
14h-16h30
JENNIFER LACEY, Ask an American

Politicas de identidade servem como diferentes propósitos na arena politica, assim como na arte. Arte é o lugar onde estas podem insistir em estar em movimento, em definição fluída, onde podem existir com um sentido de jogo e mutabilidade. O que fazemos com a ideia entediante de identidade nacional? Para nós que somos capazes, parece mais e mais um privilégio poder ignorar como os nossos corpos (mentes) são formados por esta categoria judicial e potencialmente assustadora. Não faço ideia como vamos fazer isto porque não pensei muito tempo sobre este assunto antes, mas faremos temos que o fazer em conjunto. Vamos usar as minhas ferramentas habituais de dança, escrita, troca e invenção de estruturas. Provavelmente não ficaremos no estúdio o tempo todo.
16h30-19h
ALICE CHAUCHAT, Dancing as Joints, or Inhabiting Together the Gaps Within and Among Ourselves*

Dança é para mim um enquadramento experimental no qual posso pensar e praticar, em conjunto com outras pessoas, uma subjectividade social entrelaçada: Eu-como-parte-de-nós, Eu-através-de nós, Eu-em-nós. Isto não se trata da perspectiva unidirecional independente, mas como primeira pessoa do singular que existe em relação e que está contida na primeira pessoa do plural. Existe em relação e contida a múltiplos nós. É uma entidade que é responsável por si mesma e pelo seu ambiente, que toma / assume responsabilidade pelos contextos que faz parte de. É igualmente uma entidade que é responsável e apto ao seu próprio contexto. Transforma e é transformado. Porosidade é a principal qualidade existente nas suas fronteiras. Fronteiras porosos são o seu material principal. Estas fugas beneficiam a relação entre linguagem e imagem, imaginação e sensação, individualidade e colectivo. Acção é representada enquanto compomos caminhos através destes limites.
Eu enquadro, acolho e animo situações nas quais a dança é uma lente através da qual podemos experienciar com e praticar este tipo de entendimento de agir. Eu crio um dispositivo e pratico partituras de dança, que são para ser praticadas / dançadas por mais do que uma pessoa. Uma partitura é um objecto formalizado que serve de motor e enquadramento à dança. É uma hipótese conceptual que pode ser testada, a oportunidade de desenvolver modos relacionais que podem de certa maneira ser ignorados / negligenciados / esquecidos. É uma ficção sobre a qual podemos especular. É um gerador de experiência, e experiência é um processo de pensamento. Accionar enquadramentos de experiência, é acionar enquadramentos para a experimentação, trazer ao jogo o nosso conhecimento, pensamentos, sensações e desejos em configurações específicas.
Uma partitura é um conjunto de instruções, que pode incluir palavras como tarefas ou histórias, tonalidades e tempos de voz, e que direcionam a atenção dos bailarinos ou a atenção do público e constitui princípios de como se relacionar consigo próprio e com os outros / com cada um. A minhas partituras geram modelos coreográficos, miniaturas sociais através dos quais os bailarinos praticam socialização.
Estas estruturas relacionais alimentam semelhanças com relações, atenção na diferenciação de modo a expandir o território entre intimidade e distanciamento, e coser o cruzamento em vez de estabelecer o equilíbrio entre consenso e desacordo ou conflito e harmonia. Deixa de lado a lógica da identidade, criam um sentido de empatia incondicional, que recusa quaisquer verificação e que confia num compromisso sustentado. São também uma oportunidade de praticar multiplicidade, dividir atenções em si próprio bem como em relação aos outros. No meu trabalho de performace, eu procuro formas de articular esta aventura incorporada e reflexiva, fora do estúdio de dança.
* thanks to Peter Pleyer for telling me that joints are where bones meet and where they separate