3 a 7 Abril
LOCAL: ATENEU COMERCIAL DO PORTO
10h-12h30
LITÓ WALKEY, Turn a subject into a process

© Lars Gosper
Uma pesquisa sobre linguagem, performance e o potencial relacional com foco em iniciar permissão individual e tornar-se disponível para assumir compromisso com o improvável / imprevisto.
Esta prática propõe acções de formulação, conjunto, e resposta amplificada, de modo a construir convites, abertura, sugestão, possibilidades, para o que é, a mudança.
Através da identificação de unidades fragmentadas de pensamento, movimento e texto, e provocando mudanças deliberadas de endereçar, modalidade e autoria, iremos trabalhar para expor o possível eclipse e oscilação de intensão, planeamento, imperativo, tradução, guião, acidente, preparação, performance e público.
Exercendo o re-aparecimento e co-aparecimento de fragmentos construídos, iremos observar como a linguagem que dirige e indica a performance é em si própria performance.
13h30-16h30
NADIA LAURO, Ideal architecture for the regard
(as sessões para esta prática decorrerão de 4 a 7 de Abril)

Iniciado a partir de um projecto já existente de um ou mais participantes. Assim, traduzir o “activador” do projecto numa arquitectura ideal construida para o olhar.
Isto, de modo a desenvolver um dispositivo público do olhar que permita experimentar o trabalho através de uma abordagem cénica do espaço que em retorno, nos interroga.
O resultado é um espaço parceiro para a dança, onde a questão do observado-observador gera um estado especifico de olhar.
16h30-19h30
ISABEL LEWIS, Occasion
(as sessões para esta prática decorrerão de 4 a 7 de Abril)

© Joanna Seitz
A Isabel Lewis interessa o sistema do circle dance / ou dança em círculo (como um sistema de arquivo cultural, como uma tecnologia em si mesmo), e as estéticas do encontro social no espaço. Como formato, ela própria marcou como “ocasião”, onde condições particulares são criadas para um encontro celebratório de coisas, pessoas, plantas, música, aromas e danças, que evoca a noção de Simpósio da Grécia Antiga, onde filosofar, beber e erotizar eram inseparáveis. Toda a sensação humana é despertada com aromas compostos pela química e investigadora de aromas norueguesa, Sissel Tolaas.
Nos últimos anos Lewis tem trabalhado e desenvolvido uma forma especifica de performar que combina qualidades do performer, o DJ, e do orador. Neste modo de performar o intérprete transforma-se num mestre de cerimónias tomando conta da atmosfera, e recebendo os seus convidados, oferecendo estimulos e socialização que é imaginado como um tipo de jardim interior, e um espaço de encontro. É um espaço para o exercicio estético, spiritual, e politico, um espaço onde a cidade se junta para se celebrar. No jardim, reflectimos sobre o nosso próprio entendimento do mundo onde nos propomos a imaginar e tentar novas formas de nos relacionarmos nesse mundo e com cada um de nós. Numa época definida pela razão, os nossos hábitos de pensar formam os nossos corpos e afectam a nossa fisiologia. Neste trabalho, a dança é usada para incorporar outro modo de estar no mundo, um modo que começa sem a divisão preliminar de mente e corpo.
Diferente de performances teatrais, que criam um espaço de observação distanciada e contemplação intellectual, e trabalho com estimulo e antecipação do próprio evento, este formato existe para criar as condições para uma experiência corpórea de relaxamento e bem estar. Neste novo formato, som, aroma, e toque representam um papel importante como o olhar. Como mestre de cerimónias, Lewis desenvolve uma dramturgia especifica para cada ocasião, os seus convidados, e as suas energias, incluindo danças, cheiros, música, discurso, de um modo que permite a conversação, contemplação, dança, escuta, ou simplesmente estar.